28/06/2008

Noiva do Cordeiro



Noiva do Cordeiro é o título de um documentário produzido pelo canal por cabo GNT. Trata-se da história de uma comunidade encravada distante 120 km de Belo Horizonte, MG, no Município de Belo Vale, que apresenta uma característica insólita: cresceu a partir de um casarão, cujo casal vivia amasiado, e por isso, excomungado pela Igreja Católica, e por isso discriminado pelo povoado.

Se você assistir o documentário, ficará surpreso com a história de superação: do isolamento, preconceito e mentiras.

Mas, o que mais me afetou, foi o caso do nome da comunidade e o resultado da ignorância do seu líder. Nos anos 40, apaixonado por uma das mulheres, um pastor pentecostal e fundamentalista, mudou-se para a localidade e fundou uma igreja evangélica chamada Noiva do Cordeiro, daí o nome do povoado até hoje.

O caso é demonstrativo de quando uma religião evangélica, equivocada nos seus costumes e preceitos, pode contribuir negativamente. Aos poucos, por causa da rigidez absoluta quanto aos costumes e exigências dos exercícios espirituais, as pessoas foram se desgostando da igreja, do seu líder, até ela simplesmente acabar. Hoje, eles não têm igreja, crêem apenas em Deus, ao seu modo, sem nenhuma orientação e pastoreio.

Não deixem de assistir. O documentário é muito bom. Procurem na programação do GNT as reapresentações: ww.gnt.com.br.


27/06/2008

O propósito do político cristão



Qual seria o propósito de um cristão entrar para a política partidária ? Para aceitar um cargo público de natureza política ? Como deveria ser a atuação dos políticos cristãos nas casas que representam ?

Conforme a Bíblia, deveria ser para: 1) Glorificar a Deus; 2) Ter as Escrituras como regra de fé e prática partidária; 2) nortear seus projetos e suas decisões (votações) de acordo com a verdade e o benefício do próximo; 3) Apresentar conduta ética impecável; 4) Envidar todos os esforços para que a cultura cristã não desmorone.

Caso contrário, para que ser um político cristão ?

Mas não é isso que vemos. Não temos nenhuma notícia de blocos cristãos que atuam organizados, exceto para seus próprios interesses. Se um projeto está em pauta e fere os princípios bíblicos, o que fazer ? Votar com o partido, mesmo que agrida os valores das Escrituras, como a maioria faz ?

Há raras exceções.

Algo de muito podre paira sobre Brasília, estados e municípios. E os políticos cristãos com isso ?

25/06/2008

Menos e melhor



Muita informação, muitos textos, muitos e-mails, muitos vídeos e por aí vai. A sociedade do acesso globalizado inunda-nos. Temos tudo diante de nós, não conseguimos captar muito. Se fizermos um inventário, constataremos, horrorizados, o quanto de lixo nos possui. Isso, claro, se estivermos em condição de identificar o lixo.
Diante da volúpia de tanta opção, você precisa utilizar a ferramenta da seleção. Selecionar é priorizar. Priorizar é saber que deseja, o que você estabeleceu como sendo útil aos seus propósitos.

Então, você precisa estabalecer o que necessita, ou o que lhe útil, ou o que lhe convém. Assim, você não perderá tempo tentando ler, ver e fazer difusa e atabalhoadamente, o que lhe custará todo o tempo.

É melhor você fazer poucas coisas. Fazendo poucas coisas, a cada tempo, investindo toda energia, você ganhará produtividade e excelência.

Quem faz muita coisa, não terá tempo e nem qualidade para fazer algo de muito bom. Em outras palavras: faça menos, realize mais e melhor.

Um caminho: examine os seus interesses. Elenque-os por prioridades. Evindencie seus pontos fortes e aplique-os no que escolheu. Você terá tempo para: a) examinar ("com lupa") o objeto; b) procurar a melhor forma de fazê-lo; c) pesquisar para melhorá-lo continuamente; d) Avaliar; e) corrigir; f) enfim, contribuir para este mundo, ainda que seja apenas o seu entorno

É ou não é um caminho para fazer bem e ser produtivo ?

24/06/2008

C'est la vie

O avião ainda está taxiando e o som seqüencial do destravamento dos cintos de segurança é ouvido ao longo do corredor.

As bagagens pessoais são retiradas quando a aeronave ainda está encontrando o encaixe do corredor de saída.

Quando o avião pára, as variações musicais iniciam a atividade celular impingindo aos ouvidos um coro desarmônico. E disparam as falas: “cheguei”, “já está no aeroporto”, “e aí ?” etc e etc.

E pouco importa se antes, em duas versões, português e inglês, o comissário orientara os procedimentos corretos. Amam burlar regras, orientações.

Talvez o cúmulo do estressamento ou da irracionalidade esteja no fato da maioria enfileirar-se no corredor, um atrás do outro, silenciosos, falantes sem rodeios, expressões de pressa ou de automatismo. Ficam lá, cinco, dez minutos, até quinze eu já contei.

Não sou melhor do que eles, mas continuo com minha leitura ou música, relaxado. Meu último desejo é ficar ali parado, olhando para a nuca do outro, mesmo que seja ajeitada e perfumada.

Deixo sair todos eles, e vou encontrá-los parados, falando em seus celulares (sempre), amontoados diante da esteira de bagagens, que teima em não “andar”. Ainda vamos esperar uns bons quinze ou vinte minutos.

Pois é, gostam de dizer que estão estressados, culpam a cidade, o Bush, o aquecimento global.

C’est la vie !