07/06/2014

Tempos Difíceis


Não é segredo para ninguém: estamos vivendo tempos difíceis.  Tudo está mudando com velocidade nunca vista. Foi-se o tempo em que tudo passava diante dos nosso olhos vagarosamente. As instituições eram sólidas, os valores conhecidos e cultivados, o futuro, embora sempre incerto, pero no mucho.

Hoje, como combinação de vários fatores, tudo está suspenso. Turbinado pela tecnologia de acesso à informação/imagem on-line, em tempo (quase) real, somos participantes, voluntariamente ou não, da avalanche de dados, não comportando tempo suficiente para absorvê-los com o devido cuidado do exame (saber com profundidade de que se trata) e da reflexão (o que isso significa).

Um dos grandes e terríveis problemas é que entra em cena os engenheiros sociais, aqueles que querem moldar a mente e o comportamento humanos. Como sabiamente, ainda que de forma branda (devido ao espaço do veículo), escreveram recentemente os articulistas do jornal Folha de São Paulo, Reinaldo Azevedo e João Pereira Coutinho.  Como tudo é muito veloz, os formadores de opinião, aliados com os  instrumentos de poder, avançam sem descanso para impor uma agenda revolucionária (para o mal, claro) com todas as sofisticações da linguagem e os meandros sinistros das legislações.

Perdoem-me, mas este é um tempo de homens fracos, prisioneiros (sem saber) do que foi construído e incutido nas mentes desde o início da década de 60, no mundo todo.  Basta ler o bons e honestos autores, os que braviamente descortinam o teatro do horror espiritual e intelectual.

Diante disso, e muito mais, a Igreja de Jesus Cristo (pessoas) acompanha o ritmo dessa avalanche, simplesmente pelo fato de estar inserida na sociedade e fazer parte do caldo cultural em exercício. Mas, há detalhes importantíssimos, porque à Igreja é requerido o exame de tudo, o discernimento dos fatos e espíritos. Ao cristão (Igreja), a Palavra de Deus “impõe o imperativo” de sempre perguntar se o que está acontecendo é da vontade de Deus. Por outras palavras, perguntamos: A situação vigente está recebendo a contribuição dos cristãos para melhorar o mundo segundo a vontade do Criador ?  Esta é uma responsabilidade da Igreja ?  Os valores em tela condizem com as agências do maligno ou de Deus ? 


Historicamente, em tempos difíceis, a Igreja de Jesus investe:  1) Na oração fervorosa, de quebrantamento e intercessão; 2) Mergulha na Palavra de Deus para extrair os conselhos divinos para a situação; 3) Assume o espírito profético, que denuncia e executa as ações morais e éticas urgentes; 4)  Une-se uns com os outros, aflorando na prática o amor e a comunhão, que tanto e tão bem Jesus viveu e ensinou.