05/12/2014

Natalinas 2014 - 3a.



Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.  (Fp 2, 5-11)


No período do natal, as imagens corriqueiras são: presentes, comidas e desejos de paz, amor e saúde.  Nada de errado nisso, claro, mas a cada natal, os cristãos devem empreender esforços para o devido enquadramento: sempre voltar ao verdadeiro, único e profundo sentido do natal. 

Acima de tudo, este é o período por excelência para habitar em nossas mentes e corações, pelo menos três pontos:

Primeiro, sempre renovar a pergunta:  Por que Jesus nasceu ? Buscar o sentido desse nascimento. Não se contentar com as respostas fixadas na mente pela tradição cultural, mas, sempre, aprofundá-las mais e mais.

Segundo, ainda cabe outra pergunta, consequência da primeira: Para que Jesus nasceu ?  Note que não são perguntas iguais. 

Terceiro, O que Deus, em Cristo, com a presença do Espírito Santo, espera de mim, hoje ?



Glória a Deus nas maiores alturas!

03/12/2014

Natalinas 2014 - 2a.

Natalinas 2014 – 2a.

E disse-lhes: Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos.
E , começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as escrituras.

Lc 24, 44 e 27, respectivamente.


Graça e Paz!

Um grande equívoco acontece sempre quando deixamos de ler e estudar a Bíblia sem a visão do quadro inteiro, ou, por outras palavras, sem o entendimento de que se trata de uma narrativa com início, meio e fim, ou, ainda, passado, presente e futuro, tudo dentro do mesmo quadro.

Por isso, muitas vezes, os versículos e passagens tornam-se como “amuletos”, apenas para garantir e abonar o que desejamos no momento, para satisfazer algo de nossa necessidade, sem se importar se aquela passagem refere-se, obrigatoriamente, ao que estamos interpretamos.  A interpretação da Bíblia, do ponto de vista protestante, é livre, pero no mucho.

Uma das chaves de interpretação, de entendimento correto, é considerar que desde a queda do homem no Jardim do Éden (Gênesis 3) até a consumação final, vislumbrada no livro do apocalipse, Deus, em sua infinita bondade e amor, apesar da ira pela desobediência, pelo pecado do primeiro casal, ofereceu a solução para o homem, já que ele jamais poderia produzir a solução quanto ao seu drama existencial: providenciou a vinda do seu Filho, como oferta substitutiva à nossa condenação.  O ato da cruz é a maior demonstração de amor de alguém pelo outro, seja ele quem for.

Por isso, ao longo da Bíblia, devemos sempre cavar para ver a oferta maravilhosa de Deus na pessoa de Jesus Cristo, o Messias. Se a Palavra de Deus for lida e recebida assim, além de ficarmos extasiados pelo quadro geral, veremos a profundidade do amor/misericórdia/graça de Deus em nosso favor.

Por isso, Jesus desvendou os olhos dos dois amigos pelo caminho até Emaús, conforme passagem Bíblica acima.

Tenha um dia abençoado.




01/12/2014

Natalinas 2014 - 1a.

E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Miquéias 5, 2



Iniciamos mais um Ciclo do Natal.  O tempo que antecede o natal é chamado de Advento, que quer dizer vinda, chegada. 

Os cristãos comemoramos o natal porque é a data (não importa a exatidão) do nascimento de Jesus Cristo, razão máxima para a nossa vida.

Por isso, rememoramos o tempo em que os filhos de Deus esperavam pelo nascimento do Messias, do Salvador.  Como as profecias tornaram-se fato real (com o nascimento de Jesus), hoje, após 2000 anos, nossa celebração tem o intuito de reviver os fatos e conteúdos que marcaram o mundo de lá para cá.  A celebração é importantíssima porque não podemos apagar ou diluir da memória a encarnação do Filho de Deus, por amor de Deus Pai, em nosso favor. 

Em primeiro lugar a recordação e exaltação do que foi realizado em Belém, numa manjedoura, quando o Artesão de todo o universo chorou o fôlego da vida como qualquer bebê, entre seus pais, pobres e animais.

O nascimento de Jesus é para nós o início real e inequívoco do caminho até a cruz e a consequente ressurreição, evento máximo que nos define e presenteia com o valor/tesouro máximo que há sob a face da terra.

Ao mesmo tempo, a celebração do Advento incute em nós, pela fé, a esperança pela segunda vinda de Jesus, quando consumará a sua promessa e inaugurará um tempo de comunhão com a Trindade.  Não há dúvida, para os cristãos, sobre a segunda vinda, embora nada saibamos sobre a época desta consumação (nem mesmo o modo).

Até o dia 24 de dezembro, noite de natal, vamos ler algumas passagens Bíblica e tecer alguns comentários, três vezes por semana.

Deus o abençoe a potencializar e evidenciar este período tão rico, tão caro à nossa confissão cristã.