Nisto é glorificado meu
Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. João 15, 8
Cada
vez mais observo o distanciamento entre o que fazemos e a razão para o que
fazemos. Se não procurarmos o fundamento e o propósito, sem percebermos,
“inventamos” uma outra coisa, e, infelizmente, iludimo-nos, aceitando e
reverenciando, muitas vezes, o objeto inventado.
Simon
Sinek escreveu um livro interessante: Por
quê ? (Por que você faz o que faz ?). Seu
argumento (e nosso urgente aprendizado) é que a busca pela razão do que se faz
dá entendimento, sentido, segurança e paixão.
Há uma chance muito grande de fazermos mais e melhor quando sabemos o
porquê do que estamos fazendo (ou vivendo).
Uma
das lacunas da vida cristã, verdadeiro agente de fraqueza, está no fato de
abraçarmos o evento da cruz sem importarmos com a obediência que emana da cruz.
Por outras palavras, é possível crer em
Cristo sem obedecê-lo,
segui-lo, tornar-se um aprendiz/discípulo, aceitar o Senhorio dele, cuidar da formação
espiritual, conforme os imperativos bíblicos ?
Nada
nas Escrituras sugere que podemos decidir desfrutar da crença em Cristo sem ser
seu aprendiz, seguidor e praticante. A
salvação sem obediência é desconhecida na Bíblia.
Incorremos,
sempre, em grande perigo: não aprofundando nos porquês, carecemos de imunidade
contra os vírus que nos capturam e obrigam-nos a ser sujeitos absolutos e
soberbos da nossa própria história. E não há um pobre mortal nessa terra que
esteja blindado contra isso. Dito de
outra forma, aceitamos as gotas do sangue dele, mas rejeitamos compartilhar do
seu suor diário, forjador do caráter que nos diferencia. Sonhamos com o céu
eterno, mas negamos a jornada cotidiana de apurar os ouvidos para receber a voz
suave ou severa que nos reconduz ao caminho.
Nada
(ou poucas coisas) é mais importante, após aceitar o evento da cruz, do que
apresentar-se para ser um discípulo de Jesus.
Ali, na paciência e na disciplina do aprendizado, permitimos que Ele
cresça em nós, ajudando-nos em tudo, lapidando a humildade de que tanto
carecemos, incutindo em nossas mentes a razão da nossa existência, desofuscando
nossos olhos para vermos a beleza e oportunidade para servir, fazendo exatamente
o que Jesus fez e espera de cada um.
Por
esse ponto crucial, sem pestanejar, consideramos que o convite para segui-lo,
tal qual Ele o fez aos discípulos, perdura até hoje, para homens e mulheres de
boa vontade, a quem Ele quer bem, e isso deve ser tomado com grande alegria e
honra.
O
ponto final é: sem ser discípulo não produzimos fruto. Sem produzir fruto, não somos discípulos,
somos qualquer outra coisa inventada. Para ser discípulo é obrigatório
conhecê-lo e praticar o que Ele pediu.
Assim, o discípulo vive em alegria, contribuindo e vivendo o evangelho
de Jesus, que tudo transforma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário