Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu ...
Isaías 9, 6
Soneto de Natal
Machado de Assis
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Talvez seja este o grande empreendimento para resgatar o maravilhoso natal de Jesus: nossa mudança. Investindo contra a desordem do mundo, nossa reflexão e imaginação devem acolher a dádiva: Deus iniciou o presente eterno com o nascimento do menino.
Como resposta à dúvida de Machado, afirmemos: O natal do Salvador continua. Mudemos nós, sempre para melhor, sempre para anunciar ao mundo o caminho do menino. Sempre para trazer em nós a marca do menino.
Construa o verdadeiro natal ao seu redor.
Presente: Aretha Franklin
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